Depois de muito tempo em ruminação constante, a plataforma um dia chamada de “livenodes” vira definitivamente Xemelê. Wiki + Lista. Simbora.

Corações ao acaso

5 Sep
2005

Quando duas almas se enlaçam

Beijam e abraçam

O doce aceno do Acaso

Andarilho de encruzilhadas

Ermitão em lindos cenários

Saber quando chegar

Se é andar
Saber quando parar

Se é contemplar

Depende da ânsia do passo

~

Hoje eu resolvi ver a paisagem. Sozinho.

Vida nova na marra

5 Sep
2005

Bom, aproveitando o breve intervalo de 10 segundos nas correrias, venho dizer que: o cafofo dos imaginários foi arrombado e levaram meu computador e guitarra embora. O Bicarato teve a sorte de não ter perdido aproximadamente 2.500 legais no crime. Chato, né?

Mas como a arte do desapego é uma trilha vivida em tempos de consumo
como razão de viver, eu não fiquei tão chateado quanto imaginei que
ficaria. Agora é reforçar a segurança do apê e continuar a vida.

Ando meio ocupado aqui em Brasília, por conta das movimentações mitogênicas-festivas dos Imaginários, Sucateca, Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro e o Multirão.
Depois tento relatar com calma, mas está tudo crescendo muito, e eu
estou mais produtivo que nunca… felicidade e leveza, enfim.

Enquanto isso, pra quem ficou curioso com a Sucateca, o Duende publicou uma historinha que amarra o sentido dos vários brinquedos reciclados/fabricados na segunda reunião do projeto. =)



Atualização:
eu não tinha visto ainda, mas o Bicarato publicou o Mito do Calango Alado, de autoria do Tico Magalhães (do Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, um dos grupos ao quais tenho dedicado meus dias aqui em Brasília).

Que tal mapearmos as figuras-mito do movimento de software livre, pra criar uma narrativa que conte o valor do remix e sirva pra metareciclagem extrapolar ainda mais a frieza do trato tecnológico? O Glauco Paiva
já começou a enredar imaginários nas pinturas e casemods há tempos…
que tal brincar com pinguins, gnus, demoninhos, raposas de fogo e outra gama de
seres fabulosos pra re-construir sentidos de modo mais festivo e lúdico
na nossa jornada de interconectar mentes em redes sociais livres?

Agora, no Brasil, todo hospital com ala pediátrica deve ter uma brinquedoteca. Daí vem uma certa Tutti Nardoni e nos convida pra pensar uma brinquedoteca onde os brinquedos são feitos pelas próprias crianças, a partir de sucata. Sucateca, chamou.

Terapia + festejo + mutirão. Variáveis que combinadas sob uma construção narrativa-mítica coletiva podem levar a uma sensibilização para o compartilhamento: pessoas crescidas condicionadas não só ao consumo, mas à
produção, e não num modelo econômico mercantilista, mas colaborativo. Imaginários.

Estamos falando muito de festejos de remix, construções míticas locais, economia metarecicleira e outras dinâmicas de compartilhamento aplicadas à expressão lúdica cotidiana do ser humano, como táticas para cultivar um novo arranjo sócio-econômico-cultural-político. A revolução é sensível. E viva Roberto Freire.

Homem-de-lata

22 Aug
2005

Eu ainda lembro do Metal no
Unibh, compilando kernels de Linux, rindo pelos cantos e viajando na
vida. O estagiário que todo mundo queria, todo esforçado e sem medo de
assumir desafios e responsabilidades. Ah, o Metal. Hoje ele é
rei-subgerente na Esplanada, conduz uma manada de sistemas empunhando
seu cajado inorgânico-cibernético, mas ainda come mal na cidade (quer
dizer… pelo visto não mais hohohohoh). O Metal é um sábio e
um verdadeiro headbanger.

Equilibridoidão

19 Aug
2005

Depois de passar 8 meses em Brasília enrolando pra fechar contrato com
o Ministério (e consequentemente acumulando dívidas), aceitei um cargo e pude ir morar num
apartamento pequenino e aconchegante cuja primeira sala seria um estúdio,
onde alguém passaria o dia usando uma boa infra-estrutura para produzir
comunicação e custear uma parte do lugar. Infelizmente isso não se
conjurou, e agora preciso mudar minha vida de novo. Bicarato já é o
novo morador do cafofo, e eu estou deixando o lugar. Morarei com o Max
num apê sem internet nem telefone, e o com o mínimo de luxo possível.
Assim fica mais fácil pagar minhas dívidas e voltar às construções.

Aliás, “diminuir expectativas e focar no agora” é mantra que
repito há séculos… o negócio é que, na tentativa de fazê-lo de fato,
ou não consigo e sucumbo à ansiedade, ou passo tão do ponto que me jogo
em situações tiro-pela-culatra sem pensar nas consequências.

Um brinde ao desafio de ser equilibrado

Um brinde ao desafio de ser louco

Díficil bailar

19 Aug
2005

(Palavras Atos)

(Atos X Sentimentos)

(Sentimentos X Palavras)

Equações elementares condicionadoras de toda relação, bem cuidadas ou não.

Sobre coagular

16 Aug
2005

dp: tudo bom?

e: médio.

dp: why?

e: tô numa fase aguda de uma doença cronica: paixão

dp: doença boa. podia ser contagiosa. tô afim de morrer disso.

e: pior, não mata. só doi… mas só doi quando se respira.

Relembrando

16 Aug
2005

  

Eu, Max, Alice, Nanda e Dudu na Chapada dos Veadeiros. Só pra lembrar. Vontade de saltar dos sete metros de novo.

Office é o carajo

16 Aug
2005

Falando rapidamente sobre software, acho que os aplicativos de
escritório tendem a ser substituídos por publicadores em rede com
componentes de edição de mídia (como o TinyMCE).
Hoje é texto, imagens e planilhas. Amanhã, softwares instalados
on-the-fly processando com mais potência, mas integrados a esses
componentes. É.

Antes de ir { Depois de tanto tempo, tô voltando a Beagá…. aniversário da mamãe, dia dos pais, formatura da Aída, dias de sonho com a Fefa,
noites insanas com os imaginários das montanhas. Volto na segunda.
Valeu, Murilo, pelo tempo. Já tô com saudade do cerrado… vou me contorcer
de vontade de estar com o Seu Estrelo no fim de semana, de construir
universos com Duende, Bica, Metal e cia. Enfim, tô amoroso demais,
deixa eu sair logo. heheheh Fui-me. }

Depois de voltar { Mais uma vez não consegui ficar em casa o tempo que a Dona Graça desejava, mas passei tempo suficiente com a matilha de amorosos
pra colocar todos os assuntos em dia e gastar a danada saudade
acumulada. Não consegui ficar o tempo todo porque vi, cheirei, abracei
e sonhei Fernanda, tive de checar o Nande, Piti, Neilor, Cris e cia. no Unibh, presenciei a colação de grau e dancei no baile de formatura da Aída, bebi com Pritt e Lola (aliás, dormi na Pritt e tivemos o mesmo sonho), e até fazer briefing de novo projeto pro Jeff
e Padre Léo eu fiz. Queria ter visto mais pessoas, queria ter mais
dinheiro pra circular na cidade. Mas foi o suficiente por agora. Não
bastasse o longo papo com a Mag no aniversário de mãe, corremos e sorrimos com a Lelê na rodoviária, antes de eu vir.

Belo Horizonte guarda muitos pedaços vivos de mim. Foi bom senti-los
arder num momento em que, de pedaços remendados, renasço… }

Sexta.
Correria insana para juntar o material do festejo de Imaginários,
expectativas. A festa foi legal no início, com algumas pessoas
interessadas em inventar uma história a várias mãos, mas descambou depois porque o povo ficou muito frenético e alguns ali simplesmente não tinham condição de passar do consumo à produção. Mas foi divertido. MUITO. Sem paciência pra detalhar as micro-histórias (duende também postou a respeito), mas rodei a cidade com a Fabs, Lena e Caju no Fusca ligeiramente detonado da mãe do Uirá :D, fiz um quadrinho de isopor pra Alice e pensei numa boa história pra minha personagem… o Sapo do Vento. 🙂 O próximo sarau será na chácara da Alice, mais selecionado e começando na hora do almoço. Depois conto mais.


Sábado. Dia do ensaio do Seu Estrelo
(uhuuuu!). Levantei empolgado, já tomei o bumba e fui pra quadra
certinha esperar carona. Três da tarde, desci a trilha de grama e um
carro me pára. Tico, Alysson e Felipe me jogam pra dentro. Dois
minutinhos depois, estou na casinha do pessoal. Uma hora depois, me
apresentam na reunião como o cara que vai fazer o site. Duas horas
depois, já tô enturmado e brincando. Duas horas e um minuto depois,
perco a vergonha e pego uma alfaia (tamborzão usado no maracatu) e vou batucar.
Nem eu sabia que tinha tanta facilidade… toquei até evaporar de
alegria 😀 Como se já na bastasse, caminho com o povo pro show do
Cordel do Fogo Encantado, danço até evaporar de novo com a Cris,
Raquel, Marcelo e o Isac (esse nome deve significar “músico nato” em
tupi heheh). De lá, pro aniversário de uma garota do Circo do qual a
Cris faz parte. Todo mundo cansa, vou dormir na chácara deles, no
Núcleo Rural Ponte Alta Norte. Onde é isso? Sei lá. Mas é lindo. E o
boa noite foi entre novas gentes queridas… e o sonho foi acordado
nesse dia.

Domingo. Sol brilhando entre as árvores… dormi feito bebê
naquela casa que mais parece hotelzinho da mãe da Cris. Café da manhã
ouvindo Igaraçu (grupo de Pernambuco que faz nos tambores um
som que lembra o funk carioca. Só que com várias velhinhas no vocal) e
música clássica. Brincadeiras com a Cris no jardim, passeio, voltamos
para almoçar. Às 15h, novo ensaio do Seu Estrelo. Pra esse eu já fui só
de calça, largado no fluxo. Deixei a terra vociferar pelo tambor até as
20h – os braços pegando o traquejo e flexibilidade, o coração se
elevando e a vida ganhando novos sentidos. Até às 21h, samba de roda,
com as meninas dançando e a gente tocando. Magia. De lá, voltei leve, nuvem de Daniel, carinho mantendo a coesão das minhas próprias moléculas.

Nem deu tempo de parar. Bateria recarregada, Bicarato
tinha desembarcado na cidade e estava perdido, só com meu contato no
celular. Reunimos uma força-tarefa pra encontrá-lo, e no fim da noite,
cervejada entre trutas pra dar as boas vindas ao bom nômade psíquico. Os laços estão feitos, a correria continua.

(E a propósito, a primeira foto é a da Fabs no festejo de remix,
e a segunda é da Júnia dançando em São Jorge, quando fotografamos o
cortejo do Seu Estrelo. 🙂

Irmã imaginária

8 Aug
2005

Eu
lembro quando minha irmã batalhava pra entrar na faculdade de Desenho
Industrial, e eu sempre dizia “Tu já é técnica em design, já trabalha
como designer há anos. Porque não faz Educação Artística e desenvolve
sua poesia?”. Bom, ela me ouviu e vai ser arte-educadora. Eu não sei
bem a quantas anda realmente a poesia, mas essa mandala pintada me
confirma o que eu sempre achei… talento sobra. Lé, já pensou em ilustrar alguns contos, só por farra?

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