Festejo sem trégua, voltando a ser artista

9 Aug
2005

Sexta.
Correria insana para juntar o material do festejo de Imaginários,
expectativas. A festa foi legal no início, com algumas pessoas
interessadas em inventar uma história a várias mãos, mas descambou depois porque o povo ficou muito frenético e alguns ali simplesmente não tinham condição de passar do consumo à produção. Mas foi divertido. MUITO. Sem paciência pra detalhar as micro-histórias (duende também postou a respeito), mas rodei a cidade com a Fabs, Lena e Caju no Fusca ligeiramente detonado da mãe do Uirá :D, fiz um quadrinho de isopor pra Alice e pensei numa boa história pra minha personagem… o Sapo do Vento. 🙂 O próximo sarau será na chácara da Alice, mais selecionado e começando na hora do almoço. Depois conto mais.


Sábado. Dia do ensaio do Seu Estrelo
(uhuuuu!). Levantei empolgado, já tomei o bumba e fui pra quadra
certinha esperar carona. Três da tarde, desci a trilha de grama e um
carro me pára. Tico, Alysson e Felipe me jogam pra dentro. Dois
minutinhos depois, estou na casinha do pessoal. Uma hora depois, me
apresentam na reunião como o cara que vai fazer o site. Duas horas
depois, já tô enturmado e brincando. Duas horas e um minuto depois,
perco a vergonha e pego uma alfaia (tamborzão usado no maracatu) e vou batucar.
Nem eu sabia que tinha tanta facilidade… toquei até evaporar de
alegria 😀 Como se já na bastasse, caminho com o povo pro show do
Cordel do Fogo Encantado, danço até evaporar de novo com a Cris,
Raquel, Marcelo e o Isac (esse nome deve significar “músico nato” em
tupi heheh). De lá, pro aniversário de uma garota do Circo do qual a
Cris faz parte. Todo mundo cansa, vou dormir na chácara deles, no
Núcleo Rural Ponte Alta Norte. Onde é isso? Sei lá. Mas é lindo. E o
boa noite foi entre novas gentes queridas… e o sonho foi acordado
nesse dia.

Domingo. Sol brilhando entre as árvores… dormi feito bebê
naquela casa que mais parece hotelzinho da mãe da Cris. Café da manhã
ouvindo Igaraçu (grupo de Pernambuco que faz nos tambores um
som que lembra o funk carioca. Só que com várias velhinhas no vocal) e
música clássica. Brincadeiras com a Cris no jardim, passeio, voltamos
para almoçar. Às 15h, novo ensaio do Seu Estrelo. Pra esse eu já fui só
de calça, largado no fluxo. Deixei a terra vociferar pelo tambor até as
20h – os braços pegando o traquejo e flexibilidade, o coração se
elevando e a vida ganhando novos sentidos. Até às 21h, samba de roda,
com as meninas dançando e a gente tocando. Magia. De lá, voltei leve, nuvem de Daniel, carinho mantendo a coesão das minhas próprias moléculas.

Nem deu tempo de parar. Bateria recarregada, Bicarato
tinha desembarcado na cidade e estava perdido, só com meu contato no
celular. Reunimos uma força-tarefa pra encontrá-lo, e no fim da noite,
cervejada entre trutas pra dar as boas vindas ao bom nômade psíquico. Os laços estão feitos, a correria continua.

(E a propósito, a primeira foto é a da Fabs no festejo de remix,
e a segunda é da Júnia dançando em São Jorge, quando fotografamos o
cortejo do Seu Estrelo. 🙂

1 Response to Festejo sem trégua, voltando a ser artista

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daniel duende

agosto 9th, 2005 at 18:33

este foi um final de semana para se lembrar…

sim!

é!

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