Produção Multimídia, Narrativas Livres e Ativismo Open-source, por Daniel Pádua
Sem motivo
Gente
Gente de todo tipo
Gentes que fazem um tipo
Que andam sobre trabalho
E batem boca quando imaginam
E sorriem, e choram e se abraçam
Carentes de gente que façam
O capricho do mundo ter sentido
Esse mundo lindo, que ninguém vê
Por medo, por sono ou fome
Por enlouquecer de tanto matutar
Se há algo que ele esconde
Assim, o tempo passa num piscar
De olhos de todo tipo,
Pra ensinar ao homem, na morte
Que a felicidade está na falta de motivo
Experimente este momento do seu dia com…
…sinceridade para evitar duplos sentidos, para criar confiança, para não ficar preso pela mentira,
humildade para reconhecer que o bom senso pode estar nas palavras de outra pessoa,
coragem para assumir seus atos, para enfrentar preconceitos, para ser sincero,
responsabilidade para não precisar assinar papéis, para criar, para se envolver (mas nada de compromissos simbólicos), para agir,
tranquilidade
para não ter intenção, para ser espontâneo, para não se chatear, para
conflitar sobre só o que realmente é essencial, para deixar os outros
serem sinceros…
…a recompensa invisível, intangível e imensurável é a qualidade de vida. Individual e coletiva. Regada por amor.
Até que ponto vai a vontade de mudar?
Até que ponto vai a intolerância à adaptação?
Até que ponto vai a força de vontade?
Até que ponto vai a fervura da panela?
Depende de quanta água você deixaria evaporar.
Lançaram
um gato robô lá no Japão… disso todo mundo sabe. Mas como ele é
esquisito demais, isso pouca gente já viu pra falar. Então toma aqui um vídeo (348Kb/Quicktime) do tal gato-robô Necoro.
É
interessante observar o Japão. As pessoas lá absorvem rápido demais
alta tecnologia. Robôs, celulares 3G, videofones, o que for ultra novo
em TI, eles comem. Os cara tem us ói tudo pikininim mas eles enxerga tudo láááá longe, ó… Deve ser legal fazer um bunda lêlê pros americanos a meio mundo de distância.
Já descobri o que é, Mags. O que me deixa estranho.
Quando escrevo, exercito meu total desprezo pelas picuinhas da vida,
por essa porrada de gente que briga e discute por propriedades e
vaidades. Daí me sinto bem melhor quando escrevo. É quando eu ouço
melhor a minha voz. 🙂
Células e Mente. Átomos e Bits. Uma cultura humana parece ser feita de dois fluxos.
Atentados. Piadas. Beijos. Paixões. Eu posso ser mirabolante, mas se
mirabolante fosse sinônimo de impossível, eu seria um ser humano
satisfeito.
Eu adoro comer o último pedaço de pizza de
calabresa depois de acabar com o refrigerante. 🙂 Fica um gosto de
pizza na boca, muito melhor que o de refrigerante. hehehe
Esse doente é o Christopher Locke, eleito um dos 50 maiores pensadores do mundo atual. Ajudou a escrever o Manifesto Cluetrain. Escreveu o Gonzo. O cara é louco. O cara é um gênio.
Sou
admirador do cara, sempre indo contra tudo e contra todos. E sempre
relevante. Alternativo e coerente. Palmas para moleque molocke.
O que é a guerra? Guerra é quando não se tem paz, não é? Quem consegue acabar com a paz do outro é dado como o vitorioso, né? Então os EUA perderam.
Troterrorismo: Enviar cartas com um pouquinho de maizena dentro pra algum mané que você conhece. Mas lembre-se: use luvas.
Imagine uma pessoa que representa muita
coisa do que você acredita. Você sinceramente a ama. Agora pegue essa
pessoa e imagine-a atrás de você, levantando o pé com força em direção
à sua bunda. Vai doer muito, porque vai ser de surpresa. 🙂
Ahaa! Isso não foi nada legal, não é?
Até quando nos decepcionamos dramaticamente, encontramos vantagem na experiência. Aprendemos a nos recuperar.
Felicidade geralmente vem acompanhada de boas lembranças, não é mesmo?
Pois muitas vezes eu páro para pensar o quanto idiota
é essa nossa forma de vida. Somos bebezões que choram o tempo todo para
ter esse ou aquele brinquedo, essa ou aquela pessoa. Que inútil é
pensar que poderíamos ser felizes concentrando nossos anseios em propriedades, quando na verdade somos movidos por experiências.
O
homem é um ser que vê o mundo através de símbolos e os próprios
símbolos só adquirem significado quando são vistos subjetivamente.
Portanto, não é o carro que nos deixa felizes, é a sensação de posse.
Não é o abraço da mãe que deixa a criança feliz, é a sensação de zelo.
Não é o MP3 do Clawfinger que me deixa feliz, é a sensação de liberdade
para ouvir uma música do meu gosto. Tudo o que é tangível ou intangível e nos é apresentado, provoca uma experiência. Estas experiências provocam sensações, que nutrem a essência humana, e nos fazem evoluir.
E estas sensações são reais
na medida da realidade da experiência. Ver uma novela de adolescentes é
menos real do que fazer uma viagem com os amigos. Assistir a um filme é
menos real do que experimentar a violência no subúrbio. Falsificamos
nossa evolução com experiências que não são autênticas, mas que são
encenadas, o que significa que não podem ser realmente vividas. Apenas
a vivência direta da experiência pode fixar uma sensação à essência de
uma pessoa.
Por que dizer tudo
isso? Porque passamos a vida gastando tempo com momentos que não são
autênticos. Escolhemos a roupa no shopping, compramos um carro,
desejamos uma modelo – tudo em nome da perfeição. Ora, se vivemos um
mundo imperfeito, isso significa que estamos encenando experiências. E isto não nos fará evoluir.
A experiência é a única moeda verdadeira da raça humana. Enquanto trabalhamos e corremos para ter usar algumas sucatas, as experiências de verdade – amizade, aprendizado, amor, orgulho (o bom, claro), confiança – são tratadas como subprodutos.
Criem uma nova lógica de vida! Procurem buscar as suas experiências usando as experiências dos outros como moeda. Ajudem-se!
Cada um cuida de sua própria estrutura de experimentar e recorre ao
próximo para consolidá-la. Afinal de contas os outros também fazem
parte da experiência. Nós não dependemos dos outros para viver, de fato
nós precisamos deles para sermos felizes.
O valor das boas experiências é lição que pode libertar, enquanto a experiência fingida da posse e da perfeição só traz o sofrimento, a frustração.
Sobre uma possível guerra terrestre no Afeganistão, um ex-militar da guerra Afegão-Soviética na década de 80 disse: Eles são a força de guerrilha mais eficaz que já vi no mundo. Tenho pena dos que serão jogados lá. Tem mais aqui.
Uaaaah! Depois de dormir um pouco, eu acordei para escrever mais… o Nada demais a declarar continua lá. Pode ler se quiser, ok?
Entre as nuvens, caíam castelos,
Dos escombros, surgiam dragões,
Vigilantes estavam, aprisionando o belo,
Eles saíram, querendo multidões.
Depois dos atentados aos EUA, parece que há duas rupturas ainda para acontecer na história humana (claro, se não nos matarmos antes):
a) Democracia contra Fundamentalismo, rompendo o que ainda nos prende ao lado cruel dos sistemas autoritários (todos os regimes atuais são autoritários, inclusive a "democracia", porque existe uma "autoridade") do convívio mútuo (obs.: deve ser sangrento);
b) Estruturas livres contra Estruturas controladas, rompendo com nossa obssessão pelo controle do tempo e da vida, e permitindo um convívio mútuo mais saudável e responsável (sim, chamem-me de anarquista, idealista, o que for, mas… alguém tem chiclete?)
The Flux é um conjunto de pensamentos e rascunhos ideológicos no qual estou trabalhando, o tempo todo. Quem não gostar, tem todo o direito de sair da frente. Quem gostar e quiser conversar a respeito, legal, fique à vontade para falar e ouvir, contando que não me entenda como alguém que está necessariamente fazendo algo para você. Não temos nada, mas somos tudo.