Produção Multimídia, Narrativas Livres e Ativismo Open-source, por Daniel Pádua
Bin Laden 20 x EUA 0
É
um absurdo quando toda a ação primária dos EUA (capturar Osama Bin
Laden) é subtituída pela ação secundária (Destituir o Taleban do
governo afegão), apenas com o objetivo de assegurar uma vitória, mesmo
que mínima e injusta. O povo afegão está sendo sacrificado porque têm
um governo fundamentalista ou porque abrigam um terrorista internacional que precisa ser encontrado para investigação?
Se for a primeira opção, está na hora da OTAN declarar guerra aos EUA, um governo fundamentalista capitalista.
Existe algo mais abominável que receber da empresa um documento entitulado As Causas das Falhas Humanas e Como Corrigí-las?
Eu erro mesmo, e eu gosto disso. É tipo um botão turbo. Eu erro, aprendo e evoluo. Deixa eu errar, mané!
O sensacionalismo inútil dessa sociedade a cada dia me incomoda mais.
Demorei a comentar, mas isso aqui me irritou profundamente: o RPG, forma de jogo muito popular aqui no Brasil em meados da década passada, está ameaçado de ser banido do país. Tudo porque uma garota foi encontrada morta em Ouro Preto, e, segundo a polícia, o crime teve influência de partidas de RPG.
a)
O mundo todo sabe que os cenários criados em RPG são definidos por seus
praticantes, o que não significa que o jogo seja necessariamente
destrutivo.
b) Em uma sessão de RPG os jogadores vivem a aventura apenas na imaginação.
c)
A garota poderia estar envolvida em rituais de satanismo ou outros, e,
não por coincidência, mas pelos ótimos universos de vampiros e
lobisomens existentes para RPG, jogar com alguns grupos.
d) Mesmo que o grupo dela use o RPG como uma forma de vida imaginária,
isto não é base para uma condenação pública da brincadeira, que aliás,
é pós-graduação em Letras, sob a forma de uma modalidade de teatro.
Mas a imbecilidade da "audiência", que se traveste de opinião pública, condena o bom senso à morte.
O Voyeur
Uma vez nascido, crescido e traumatizado pela busca perdida
do lucro (dinheiro ou fama), esta pessoinha tranca-se em anseios
não-atendidos de experimentar a vida, que passa a satisfazer com a mera
observação do seu sucesso ideal na vida dos outros. A leitora de
Caras, o(a) vizinho(a) que te vê trocar de roupa, playboys e
patricinhas que vão a boates da moda sem ter um puto pra gastar, o
colega de trabalho invejoso por sua menor capacidade.
O Falso Alternativo ou O Segregador
Convencido
de sua total falta de influência pela cultura, este indivíduo costuma
habitar o circuito alternativo de bares das cidades, evitar todo tipo
de contato com pessoas que apesar de inocentes estão vivendo no
sistema, e vestir-se de forma diferente para se destacar da população
em geral. Falso punk, alternativo de McDonalds, dono de empresa que se
julga sabotador, etc.
O Célebre
Um
ser que, por consequência do sistema, está no centro das atenções.
Convencido de que sua responsabilidade social resume-se à etiqueta nos
coquetéis e ser discreto com sua vida sexual, é um grande candidato a
acordar depois do período da moda do qual faz parte, sentindo-se
abandonado pela mídia e chorando pelos cantos: ninguém me ama… ninguém me ama… Atores, atrizes, cantores, cantoras, apresentadores de TV.
O Sábio de Biblioteca
Egoísta
até a raiz, esse cara come todos os livros que pode, empenha-se em
transformar sua imagem na de uma enciclopédia ambulante, apenas para
provar aos outros uma suposta inteligência, que o destaca do resto do
mundo e o torna mais capaz de tomar decisões responsáveis sobre a vida.
Visto pelos olhos das gentes-audiência, é um sábio. Na prática, é só
mais um ego cheio de informações. Nerds do ensino médio, estudantes de
ciências gerenciais, etc.
O Deslumbrado
Uma
variação do Voyeur, o deslumbrado superou seus traumas não através da
observação do sucesso idealizado, mas acreditando que já o tem apenas
fazendo parte da cultura sensacionalista. Compra compulsivamente, torra
tudo e ocupa todos. Em termos gerais, é a pior faceta de alguém
irresponsável e incoveniente. Aquela sua tia que odeia envelhecer, o
office-boy que torra tudo em tênis Nike, etc.
O tempo não foge
Sou eu que abandono o barco
Por medo de chegar ao fim do rio
Ou preocupado com os peixes que deixo para trás
Segue o rio, curta o tempo
Sua rede sempre fica cheia
O que vale é a prosa
As histórias que você vai ter para contar
Internets se reproduzem a todo instante. Surge uma
aqui, outra acolá. Esse bicho parece até gafanhoto comendo as
plantações das pátrias. Desapropriando por dentro, sacaneando com os
senhores da terra. Difícil de combater, impossível de extinguir.
Puxa, a XPLANE usa um serviço muito bom de Mailing pra enviar o xBlog: Your Mailing List Provider.
Sem propagandas, possui um wizard simples de criação da conta e uma
interface de gerenciamento completa e fácil de usar. O melhor de tudo é
que é 0800 (ou seja, grátis, sem querer subestimar seu vocabulário, mas já subestimando…)
Ê minino, vai lá e faz um procê, sô!
Decidi me mudar para o curso de Artes Plásticas. Vou abandonar Publicidade, já que acabaram as disciplinas de comunicação social. Agora começam dois anos de Como ser um funcionário de agência de propaganda, em 15 lições.
O
mundo inteiro sabe que as comunicações estão vivendo uma quebra de
paradigma, e eu estou disposto a trabalhar em pesquisas aplicadas, ao
invés de vestir a fantasia de boi indo pro matadouro. O mercado publicitário está insatisfeito com seu próprio produto. A saturação ineficaz
da visão de massa já se arrastou tempo demais e agora estão todos
ficando com um nó na garganta. Eu mêmo, que não sou trouxa, vou estudar
e sonhar muito, com mil e uma cositas mirabolantes que melhorem as comunicações entre as pessoas. O resto é consequência.
Disseram que eu sou louco por fazer isso. Quer saber? Me interna então. Pau no cu de vocês, conformados. Prefiro o risco de ser feliz a dois anos de descrença convicta.
Ser objetivo demais é ser frio demais.
Ser irritável demais é ser injusto demais.
Ser generoso demais é ser explorado demais.
Ser bom demais é ser presunçoso demais.
Demais é foda. Exagero é moda. As coisas devem ser simples. Senão extrapola.
Era uma vez, uma maluca que gritava "Cacolinaaaaaaaa! Me traz jaca!!!". Isto era às 4 da madrugada, na rua.
Ela foi encontrada morta esta manhã, na porta de seu prédio.
Aparentemente choveu jaca.
Eu só sei de uma coisa sobre este mundo: é fácil ficar de saco cheio das coisas.
A Mag acabou de me mandar que leu no blog do MAV, que leu no blog da Cora, que petiscou das palavras de Millôr Fernandes: O preço da sabedoria é detestar tudo.
Um comentário sobre o amor
É interessante como até a noção de amor é institucionalizada, falsamente invencível e sensacionalista.
"Oh,
você não me ama mais!" é a frase número um daqueles que não percebem
que a experiência é o berço do amor. Esse amor geralmente começa com a
experiência e continua após ela. Durante, vem intensificado pela
paixão, arrasadora em sua totalidade. A experiência se desenrola,
criando elos, links e insights de afeto e mútua colaboração. Quando a
experiência muda de foco, torna-se inviável ou desagradável para um dos
envolvidos, ela acaba. E desemboca em outras. O amor não acaba. O amor
muda. De um amor presencial e infinito de fora pra dentro, para um
carinho e respeito, que continua por muito tempo.
Não se pode julgar as pessoas por amar menos ou muito.
O
amor é de um tamanho só e ele só muda em sua forma de amar. Quando ele
acontece, a vida se justifica. A experiência é comprovada como do bem. Evoluam através do amor e não para alcançá-lo. Aqueles que parecem parar de amar são na verdade orgulhosos sem educação.
O
amor pode ser visto no "partir de uma picanha no prato do meu
restaurante favorito" ou no "olhar o sorriso de um completo estranho". O amor é o combustível necessário para viver as experiências.
Temos que enxergar o mundo através de um filtro de amor.
Assim como tudo que se renova na natureza, o ser humano também tem um ciclo de renovação…
(1) Sonhar (para atiçar a alma)
(2) Amar (para motivar a vida)
(3) Raciocinar (para saber arriscar)
(4) Experimentar (para viver e evoluir)
A experiência começa no sonho.
O ser humano, matematicamente questionando,
só tem duas opções: ser feliz ou não.
O ser humano, poeticamente respodendo,
só tem uma saída: amar, de coração.
Amem sem motivo
Não pensem no porquê
O amor é o motivo
É só sentir pra saber