Car@s Colegas,

A notícia é triste. Nosso amigo Brad Will foi assassinado no México por
paramilitares enquanto documentava a luta do povo de Oaxaca.
Conheci o Brad em Caracas, em atividades do CMI. Uma pessoa alegre,
cheio de energia e uma história de engajamento em diversas lutas contra
as injustiças deste nosso mundo.
Não tenho muito a dizer…a morte de um colega nessas condições
deixa um dor estranha diante do silêncio do mundo…

Encaminho abaixo a descrição mais detalhada e um chamado para
um protesto. Mais informações:
http://www.midiaindependente.org/pt/green/2006/10/363227.shtml

Abraço,
Henrique.

———–
Jornalista da imprensa independente e ligado a movimentos sociais
brasileiros é assassinado no México

Por favor, repasse com urgência.

Prezados amigos e amigas,

Nesta sexta-feira, dia 27 de outubro, recebemos a triste notícia do
assassinato do amigo, jornalista e voluntário do Centro de Mídia
Independente Brad Will por forças paramilitares na cidade de Oaxaca, no
México. Chamamos a todos os defensores de uma imprensa livre e
independente e aos movimentos sociais brasileiros para uma manifestação
no consulado geral do México em São Paulo, na próxima terça-feira, dia
31 de outubro, às 13 horas. O consulado está localizado na Rua Holanda,
274, cerca de 6 quadras da esquina da Avenida Brasil com a Rua Colômbia
(continuação da Augusta).

Brad era um jornalista americano, importante colaborador da imprensa
independente no Brasil e na América Latina e aliado dos movimentos
populares. No Brasil, por exemplo, sua colaboração foi decisiva para a
denúncia do massacre contra os sem-teto da ocupação Sonho Real em
Goiânia. As imagens que registrou da ocupação e do ataque sofrido pelas
forças policiais do estado de Goiás chamaram a atenção do mundo para a
situação dos sem-teto.

Brad também cobriu os mais importantes processos sociais do continente
nos últimos anos, com vídeos e matérias sobre a rebelião dos Aymara na
Bolívia, as assembléias e piquetes na Argentina e a "Outra Campanha" no
México. Mas foi seu último trabalho que o levou à morte.

Brad estava cobrindo o processo de resistência e repressão à Assembléia
Popular dos Povos de Oaxaca (APPO), uma coalizão de grupos e movimentos
sociais formada após a greve dos professores naquela histórica cidade
mexicana. A APPO pede a renúncia do governador do estado de Oaxaca
Ulises Ruiz Ortiz, acusado de corrupção e fraude eleitoral e defende a
substituição do governo do estado por assembléias populares.

Brad estava cobrindo uma barricada organizada pela APPO quando ela foi
atacada por paramilitares ligados ao governo. Fotos de um jornalista do
jornal local El Universal e as próprias imagens registradas por Brad
antes de morrer permitiram a identificação dos assassinos.

O governo mexicano está utilizando a morte de Brad Will como motivo para
o envio de tropas federais à cidade e a violência contra militantes da
APPO por paramilitares tem aumentado nos últimos dias. Assim, pedimos a
todos para manifestarem-se com urgência, seja participando do ato desta
terça-feira, seja escrevendo às autoridades mexicanas pedindo imediato
cessar das violações dos direitos humanos contra a população civil de
Oaxaca, seja escrevendo às autoridades brasileiras exigindo uma firme
posição do governo brasileiro condenando o massacre de civis naquela cidade.

Escreva para:

Exmo. Sr. Andrés Valencia Benavides
Embaixador do México no Brasil
embamexbra@cabonet.com.br
SES – Av. das Naçôes – Qd. 805 – Lote 18
CEP 70412-900
Brasilia, D. F.
Tel. (55-61) 3244.1011 / 3244.1211 / 3244.1411
Fax 3244.1755 / 3244.3866

Exmo Sr. Celso Amorim
Ministro de Relações Exteriores (MRE)
celsoamorim@mre.gov.br
Esplanada dos Ministérios – Bloco H
CEP: 70 170-900
Brasília-DF
Fone: 3411-6801
Fax: 3411-6993

Outros consulados do México no Brasil:

CONSULADO GERAL DO MÉXICO NO RIO DE JANEIRO
e-mail: comexrio@domain.com.br
Cônsul: Juan Andrés Ordoñez Gómez
Praia de Botafogo 242, 3o Andar.
Botafogo
CEP. 22250-040 Rio de Janeiro, RJ.
Tel.: (0xx21) 3262 3200
Fax: (0xx21) 3262 3211

CONSULADO HONORÁRIO DO MÉXICO EM BELÉM
Cônsul: Dr. Paulo Brito Chermont
e-mail: chermontadv@uol.com.br
Avenida Conselheiro Furtado 585
Casa A, Bairro Batista Campos.
CEP. 66025-160 Belém – PA
Tel.: (0xx91) 3223 8967
Fax: (0xx91) 3241 7407

CONSULADO HONORÁRIO DO MÉXICO EM FORTALEZA
Cônsul: Dr. João Soares Neto
e-mail: cmexico@planos.com.br
R. São Paulo No. 1941
Jacareacanga
CEP. 60030-101 Fortaleza – CE
Tel.: : (0xx85) 3238 3800
Fax: (0xx85) 3238 3800

CONSULADO HONORÁRIO DO MÉXICO EM MANAUS
Cônsul: Sr. Armando Clovis Prado de Negreiros Mendes
e-mail: chmexico@novidade.com.br
Rua Fortaleza 585
Adrianópolis
CEP. 69057-080 Manaus – AM
Tel.: (0xx92) 3663-5050
Fax: (0xx92) 3663-5077

CONSULADO HONORÁRIO DO MÉXICO EM RECIFE
Cônsul: Dr. Antônio Fernando de Castro Dubeux
e-mail: iaradubeux@yahoo.com.br
Rua Aquidabã, nº 20, aptº 1401
Boa viagem
CEP 51030-280 Recife Pernambuco
Tel.: (0xx81) 3083 1760/1430
Fax: (0xx81) 3338 1979

CONSULADO HONORÁRIO DO MÉXICO EM SÃO LUÍZ
Cônsul: Dr. Adalberto Ribamar Barbosa Gonçalves
e-mail: goad@elo.com.br
Rua dos Afogados 107
Centro
CEP 65010-020 São Luiz – MA
Tel.: (0xx98) 3232 6732
Fax: (0xx98) 3232 6232

Agradecemos a mais ampla divulgação desta mensagem.

Pablo Ortellado
<pablo@riseup.net>
Centro de Mídia Independente
São Paulo

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Video de Brad filmando a barricada da APPO e sua própria morte:
http://video.indymedia.org/en/2006/10/542.shtml

Vídeo com imagens de Brad denunciando a violência contra os sem-teto em
Goiânia:
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/04/315460.shtml

Última matéria escrita por Brad para o CMI Nova Iorque:
http://nyc.indymedia.org/en/2006/10/77760.html

O Bom e Velho T.

27 Oct
2006

Sim, o tempo escoa por entre os dedos
Cedo ou tarde, há todo um novo jardim sobre a Terra…
Já imaginou quantos sorrisos a humanidade já sorriu?
E a gente mal se recorda de alguns.

Nada/tudo adianta
Senão a doce arte de degustar
O passado-presente
A lembrança-vivência
O futuro perdido
No labirinto ingrato da consciência

Transitória nossa raça, inconstante
Às vezes surda ao velho TEMPO
E à sua louca fábula do instante

Saudade de blogar

25 Oct
2006

Todos sabem, minha vida está um caos. O Caos de Dpadua, deveria ser o nome do site. Nesse meio tempo, sinto falta de escrever… de transformar essas sinapses de cheiro, gosto e calor em algumas palavrinhas-lágrimas, como as que escorrem para manter a alma refrigerada. Mas o tempo-do-fim-da-translação está aí, e logo mais há de vir o fôlego.
~
Aproveite e conheça o Organismo, as fotos do Rodrigo Bressane, a HQ européia Saudade (com Wolverine no Nordeste brasileiro) e o próximo livro de teoria de quadrinhos da minha estante. 🙂

PRELÚDIOS-INTENSOS PARA OS DESMEMORIADOS DO AMOR.
de Hilda Hilst

I

Toma-me. A tua boca de linho sobre a minha boca
Austera. Toma-me AGORA, ANTES
Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes
Da morte, amor, da minha morte, toma-me
Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute
Em cadência minha escura agonia.

Tempo do corpo este tempo, da fome
Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento,
Um sol de diamante alimentando o ventre,
O leite da tua carne, a minha
Fugidia.
E sobre nós este tempo futuro urdindo
Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida
A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.

Te descobres vivo sob um jogo novo.
Te ordenas. E eu deliquescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo
Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza.

II

Tateio. A fronte. O braço. O ombro.
O fundo sortilégio da omoplata.
Matéria-menina a tua fronte e eu
Madurez, ausência nos teus claros
Guardados.

Ai, ai de mim. Enquanto caminhas
Em lúcida altivez, eu já sou o passado.
Esta fronte que é minha, prodigiosa
De núpcias e caminho
É tão diversa da tua fronte descuidada.

Tateio. E a um só tempo vivo
E vou morrendo. Entre terra e água
Meu existir anfíbio. Passeia
Sobre mim, amor, e colhe o que me resta:
Noturno girassol. Rama secreta.

(…)

Imagem ~ Júlia fotografada da Babi e remixada por mim.
Texto ~ Hilda Hilst, indicado pelo Glerm.

Esta e outras fotos aqui, nos imaginários.

Cantando com a alma

Jester e sua já mundialmente conhecida performance como soprano. CONFIRA O VÍDEO: parte 1 + parte 2. huahuahauhauha


(foto original por revico)

Na sexta passada embarquei num ônibus da Rota Mineira para São Paulo, numa viagem que terminou ontem, depois de duas escalas: Ouro Preto (no Encontro Mineiro de Software Livre) e Belo Horizonte (passagem rápida pra visitar minha linda matilha). Viajar é sempre uma pausa, e eu estou precisando mesmo de algumas…

Teve reunião com Cláudio Prado (o véio pirata), pouso na casa do Uirá/Jeff/Vítor (o trio alucinante do centrão), fim de sábado na Jabaquara com a Luanna (uma anjinha calada feita de traços e rendas), domingo e segunda com a Júlia (a amazona mais doce e caótica que mora em mim neste momento…). Teve subida de montanhas com Jeff e Marcita, chuva fina em Ouro Preto, apresentação divertida do Quântico no EMSL, dormir na República Virada pra Lua (na maior cara de pau), andar bêbado com a Tadzia e Jeff cantando Jesus Negão, até um poeta Antônio dos Anjos teve. Teve minha Mãe, meu Pai, minha Luciana, minha Aletéia, minha vovó Horacina… minha família tão, tão amada, e tão, tão sofrida. E agora mais ainda preciso estar ligado em mente e coração com eles… não deixaremos a peteca cair.

Voltei num percurso sereno. Amanheci entre sonhos. Dormi embalado na alegria da Patrícia, vivi mais um dia no cerrado. E agora troco as cordas do meu violão, perdido no hiato entre acordes da Kristin Hersh. Viver às vezes é como caminhar de olhos fechados no ritmo de uma balada triste… sentindo aquela doçura melancólica no ar… 🙂

Segunda-feira, no último encontro de imaginários, no Balaio Café. Foto tirada pelo Duende, pouco antes de narrar uma aventura-relâmpago de RPG surreal. Se depender de mim, esses encontros vão começar a ficar gradativamente mais oníricos…. preparem-se para os artefatos, a música e o caos e compartilhem suas quimeras.

Estaremos no EMSL (Encontro Mineiro de Software Livre), na semana que vem, apresentando o estágio atual da plataforma agregadora. Quem estiver nas redondezas e quiser aparecer… boralá e depois a gente toma una bela breja em Black Gold. Aye, mate! Abaixo, o resumo das palestras. 😀

Boto Quântico agrega RSS via Jabber na "Web 2.0"!
Data e horário: Terça, dia 10 de outubro, de 08h às 9h.
Palestrantes: Daniel Pádua, Marcelo Metal, Marcos Machado, Thiago Silva
Resumo: Em meio ao RSS, mashups e a "identidade 2.0", torna-se necessária uma plataforma em software livre que misture tudo isso e permita a construção emergente de uma Internet que integre identidades e conteúdos de maneira descentralizada e aberta. Aqui, apresentaremos os projetos Boto (agregador xml/jabber) e Quântico (cms com db xml), peças principais desta plataforma agregadora livre para web.

CMS Quântico com Base de Dados XML
Data e horário: Terça, dia 10 de outubro, de 10h às 11h.
Palestrantes: Marcelo Metal, Marcos Machado, Thiago Silva
Resumo: Os conceitos, desafios e a implementação de um CMS (content management system) baseado em XML, parte da plataforma agregadora – grupo de softwares livres (agregador XML/Jabber, CMS e bibliotecas para desenvolvimento), projetados para implementar de fato uma "Web 2.0". Os tópicos abordados:

– RSS, Atom, etc;
– Autenticação descentralizada
– "Folksonomia"
– Esquema flexível de templates
– Infra-estrutura e arquitetura (MVC e outros patterns)
– Persistência e alternativas ao modelo relacional
– Tecnologias XML: XQuery, XPath, etc.

Só avisando…

3 Oct
2006

Os comentários voltaram a funcionar. 😀

a) Intuitividade inata de ass is hole. Só existe cultura de uso. Linguagem sobre linguagem, ao longo do tempo e do espaço.

b) Não se avalia qualidade de interface de SO penas pela estética e dinâmica das telas. A facilidade e estabilidade na gerência de programas e dispositivos é fundamental.

c) Ainda vivemos a "metáfora do escritório" do modelode comunicação do MacOS, representado pelo fundo de tela, ícones e janelas. Não interessa de qual SO a gente resolver conversar, todos com GUI seguem isso. Nem preciso dizer que o mundo em rede URGE por inovação nessa metáfora. Qual seria? A "metáfora da festinha"?

Olhando especificamente pro SO, nas experiências de uso dos GNU/Linux (que variam segundo distro e gerenciador de janelas – mas em geral seguem a "metáfora do escritório"), entra a questão da gerência de programas e dispositivos, que não é tão simples porque:

1) falta de design de interface decente que dê solução gráfica pros processos que sempre rolaram em modo texto.
2) lógica das dependências de pacotes, etc, que tenta ser mais cuidadosa do que rodar um .EXE.
3) questões de drivers, instaladores e afins, o que vaiesbarrar inclusive na dinâmica do mercado.

E no geral, tanto para o SO quanto em programas para Linux, a falta "intuitividade" vem da falta de programação visual adequada no projeto de comunicação pra esses sistemas (muitas vezes porque os designers não sabem compor visualmente um processo interativo, muitas vezes porque os programadores não têm interesse em fazer uma GUI para "usuário" – termo ridículo… e eles são o quê?). O GUN/Linux ainda é um sistema no qual modo texto e as GUI convivem de maneira muito espelhada (várias GUI pra GNU/Linux são telas cheias de campos indecifráveis pra entrar parâmetros que normalmente o cara passaria na linha de comando). E há um agravante para a superação do problema que é o nunca dito preconceito mútuo entre codeiros e teleiros. Traduzir texto em imagem é que nem polêmica de boteco.

De qualquer maneira, acredito que a inovação estará sempre à espreita do software livre, e se a gente voltasse ao básico, e houvesse mais união entre codeiros e teleiros inovadores, poderíamos recriar a experiência dos desktops propondo algo de fato diferente da "metáfora do escritório", ganhando, quase sem querer, uma vantagem na correria histórica do legado cultural.

Quem sabe, um dia…

[[image:toyart.jpg::center:0]]
1ª Mostra Coletiva de Toy Art Brasileira. Puta vontade de ir… vai rolar até 15 de outubro, em São Paulo. Os bonecos acima foram feitos pela Carla Barth, artista plástica do coletivo Upgrade do Macaco (heheh nomezito foda). (a dica foi dada pela Isis, na Imaginários)

Madalenas

25 Sep
2006

Madalena foi uma criança cheia de temperos,
perfumes e cores. A vida passou. Hoje é seu
último dia de vida, mas ela não sabe. Se soubesse,
talvez não teria dedicado a manhã a pintar o
sorriso-ainda-de-leite da sua netinha, também
chamada Madalena. Passam-se quize anos de
sua morte, e a mãe de Madalena vê o quadro.
Escreve o livro e o perfuma com o líquido do frasco
antigo ainda próximo do armário de tintas.
Madalena sorri, através do espelho no quarto
de sua avó.

FIM

O bonde dos inertes

25 Sep
2006

O que dizer? Está tudo por um fio. Todo esse circo armado por quatro anos… meu trabalho com democratização de mídia, cultura, imaginários ou como você queira chamar. As coisas continuam acontecendo, claro, mas fiquei um passo atrás. Uma parte do bando foi para um lado, outra parte gosta de ficar quieta em seu canto, outra simplesmente anda conforme sente o chão firme. E eu? O que me tornei? Uma espécie de heremita com quem é bom tomar uma cerva e colher algumas impressões talvez geniais, talvez inócuas? Um palhaço nerd, ou um nerd palhaço? Quatro anos alimentando uma linguagem que quer dizer algo, mas que poucos entendem. Olho ao meu redor e vejo todos os sentimentos, simples sentimentos que todo ser humano tem: medo, ambição, curiosidade. Redescubro meu corpo, minha mente, e sinto preguiça dessa caixinha bege eletrificada. Durmo e acordo ao lado de alguém que provavelmente não suportarei amanhã, porque minha mente anda muito, muito ocupada. Devo mais dinheiro, acho que estou investindo num próximo passo, mas não sei se acredito mais nas pessoas. Nessas pessoas. Ouço alguém dizer que numa oficina de vídeo nem olham nos olhos de quem está aprendendo. E lembro do carinho gratuito que recebo aos sábados. A revolução é sensível, eu sempre disse. Mas é o dinheiro que move montanhas. É o medo que constrói casas com cerquinhas brancas. A inércia é uma característica fundamental da matéria, dizia minha professora de ciências. É fácil ficar inerte, é fácil seguir num caminho, falar apenas uma língua, brincar somente com alguns. É fácil? Pra mim não. E por isso eu sou o "louco dpadua", o da "turma filosófica", o "enrolado" que tenta fazer o que ninguém acha importante. Por isso eu sou apenas um sonho, tão fugaz quanto a fumaça desse cigarro que acabo de apagar.

Então vem um novo ano, tão incerto quanto o alvo de um raio. E a matéria continua escorregando cega nas dobrinhas desse planeta lindo.

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