Produção Multimídia, Narrativas Livres e Ativismo Open-source, por Daniel Pádua
a) Intuitividade inata de ass is hole. Só existe cultura de uso. Linguagem sobre linguagem, ao longo do tempo e do espaço.
b) Não se avalia qualidade de interface de SO penas pela estética e dinâmica das telas. A facilidade e estabilidade na gerência de programas e dispositivos é fundamental.
c) Ainda vivemos a "metáfora do escritório" do modelode comunicação do MacOS, representado pelo fundo de tela, ícones e janelas. Não interessa de qual SO a gente resolver conversar, todos com GUI seguem isso. Nem preciso dizer que o mundo em rede URGE por inovação nessa metáfora. Qual seria? A "metáfora da festinha"?
Olhando especificamente pro SO, nas experiências de uso dos GNU/Linux (que variam segundo distro e gerenciador de janelas – mas em geral seguem a "metáfora do escritório"), entra a questão da gerência de programas e dispositivos, que não é tão simples porque:
1) falta de design de interface decente que dê solução gráfica pros processos que sempre rolaram em modo texto.
2) lógica das dependências de pacotes, etc, que tenta ser mais cuidadosa do que rodar um .EXE.
3) questões de drivers, instaladores e afins, o que vaiesbarrar inclusive na dinâmica do mercado.
E no geral, tanto para o SO quanto em programas para Linux, a falta "intuitividade" vem da falta de programação visual adequada no projeto de comunicação pra esses sistemas (muitas vezes porque os designers não sabem compor visualmente um processo interativo, muitas vezes porque os programadores não têm interesse em fazer uma GUI para "usuário" – termo ridículo… e eles são o quê?). O GUN/Linux ainda é um sistema no qual modo texto e as GUI convivem de maneira muito espelhada (várias GUI pra GNU/Linux são telas cheias de campos indecifráveis pra entrar parâmetros que normalmente o cara passaria na linha de comando). E há um agravante para a superação do problema que é o nunca dito preconceito mútuo entre codeiros e teleiros. Traduzir texto em imagem é que nem polêmica de boteco.
De qualquer maneira, acredito que a inovação estará sempre à espreita do software livre, e se a gente voltasse ao básico, e houvesse mais união entre codeiros e teleiros inovadores, poderíamos recriar a experiência dos desktops propondo algo de fato diferente da "metáfora do escritório", ganhando, quase sem querer, uma vantagem na correria histórica do legado cultural.
Quem sabe, um dia…
2 Responses to Por que não há interfaces “intuitivas” para Linux?
dpadua
outubro 3rd, 2006 at 23:07
testando os comentários… cruzem os dedos, fuckers! 😀
Zé
novembro 13th, 2006 at 13:33
Cara… gradei do seu blog!!! paragens!!
DUCA!!
Aki em baixo está pedindo pra eu responder qual a capital do brasil!!! deve ser Rio de Janeiro