Fere e cansa

1 Jul
2005

Sou palhaço do circo sem futuro um sorriso pintado a noiteinteira
O cinema do fogo numa tarde embalada de poeira
Circo pegando fogo

Palhaçada

Sou palhaço do circo sem futuro um sorriso pintado a noiteinteira
O cinema do fogo numa tarde embalada de poeira
Circo pegando fogo

Palhaçada

E a lona rasgada no alto
No globo os artistas da morte
E essa tragédia que é viver e essa tragé dia
Tanto amor que fere e cansa

~ Lirinha

Ontem eu fui à peça “O Quarteto”, da turma de Arte Cênicas da Ana Catarina, na UnB. O palco tinha dois andares e a platéia sentou-se bem no meio, numa plataforma que subia e descia durante o espetáculo. Quatro atores, e a tragédia de um certo Valmón, que era assassinado pela virgem que não conseguira corromper. Uma das atrizes me impressionou por ser incrível e estar ainda no terceiro período (todos eles, aliás). Vontade de fazer teatro. Vontade de viver imprevistos.

Engana-se quem vê o andarilho separado da estrada. Os pés são como raízes que deslizam pelo solo, que em alguns pontos podem ser acidentados demais. Não machuque seus pés, ache rotas no plano erodido ou caminhe por novas trilhas.

Cumplicidade

30 Jun
2005

Ai das trevas que nos tentam diluir
No jogo batido do medo que assola na solidão
Esta caminhada pelo novo,
Pelo inexplorado que vivo contigo, Maria.
Banho-me na luz da coragem
De estar à beira dos maiores riscos
Até sentir-me leveza

Uma certa menina-animações de Curitiba acaba de me ler e lamentar: “sinto que vc tá triste pelas tuas palavras por lá…”

Não é triste não, Fabs. É gasto. 😀

Mais uma brincadeira imaginária, “a quem interessar possa”: passar um dia inteiro, visitando cada uma das passagens de pedestres sob o Eixo do Plano Piloto, tirando fotos das melhores grafitagens e pixações. Depois diagramar uns cartazes lambe-lambe e pregar nos pontos de ônibus e perto das bancas de revista de Brasília, constando uma convocação para um site ou evento onde grafiteiros compartilhariam técnicas e feitos.

Êêê… 🙂 Uma espécie de dinâmica de agregação de artistas cujo trabalho normalmente continuaria invisível no mundo-espelho.

Palavras do célebre Metal, ao encarar a minha pessoa na saída de uma sala. Que beleza, hein, Dona Graça? 😀

Brasília

29 Jun
2005

Clarice (a Lispector) já dizia… “Este grande silencio visual que eu amo. Construção com espaço calculado para nuvens…”. Brasília é o lugar onde, renegado, vivo laços do jeito mais solitário, e cresço impulsionado por chutes dinossáuricos.

Mas não, Brasília não é o porto final.

Minha vida é ficção pros teus sentidos.
Minha ficção é vida pros teus sentidos.

RSS do inferno

28 Jun
2005

Aqui você pode acessar a especificação do “RSS da Micro$oft”, que terá um agregador de feeds embutido no Windows Chifrudo (LongHorn). Notem que o código está sendo distribuído sob licença Creative Commons ShareAlike.

Cascardo, do Jabber-br pergunta: “- a gente tá ganhando!?”

Silêncios meus

28 Jun
2005

São estes silêncios que desesperam. Diálogos momentaneamente sem emoção, como se uma sombra conversasse com outra, sem som nem continuação. Trava-línguas camuflados numa sensação desconfortável de falta de assunto, de um mundo conjunto. Instantes em que a voz quer sair por simples felicidade de estar ali. Mas a mensagem etérea não tem força pra comunicar, e suas palavretas lacrimejam choro ralo, que não molha o suficiente para regar o peito, ou florescerem atos. Parece que um fantasma de mim, vivo e fulgurante outrora, está solto entre tumbas e armadilhas, esquecido numa histeria silenciosa.

Vai passar.

Entrementes de volta

26 Jun
2005

Bom, agora que voltei com a infra-estrutura da Entrementes.net, aos poucos estou instalando os sistemas para continuar a agregação de relações. Esse meu blog ainda precisa ser organizado. Não repara a bagunça. 🙂

{ Atualização: bom, está melhorando. já não vai doer os olhos de uma certa menina. 😉 }

26 Nov
2001

Se você está chegando agora, perdoe-me pelas seções jogadas às traças, beleza?

É
que estou criando um outro layout mais simples e estou literalmente sem
tempo de continuar com esse. O mundo deu algumas voltas. Saí do planeta
Tanatan, abandonei o curso superior na Unibh para fazer outro mais divertido (foda-se a pertinência!) e grátis, e ainda por cima estou o dia todo na Stratta, a produtora de internet dos meus sonhos, correndo para organizar meus projetos mirabolantes.

Ah, é, o sistema de conversas evolutiva está a caminho pelas minhas mãos e do meu amigão de infância Marcelo, da Squadra. É uma penca de coisas novas, vou tentar escrever com mais frequência… De resto, sejam bem-vindos.

Você morre.
Acorde para a realidade e aceite-a.
Melhore o seu jeito de conviver, tenha bom senso.
Sinta o instante. Deixe-o te levar, sem expectativas.
Não tente controlar o fluxo da vida.
Você não é dono de nada (apesar de achar que pode controlar as coisas do mundo).
Você é só parte da paisagem.
Suas propriedades e títulos nada valem.
É a experiência que atrai o ser humano.
Porque perder a vida acumulando coisas?
Ser bem-sucedido?
Que significa isso se todos já estamos mortos?
Faça o que te agrada.
Apenas o que te desperta felicidade.
Ao invés de comprar uma jaqueta, viaje com um amigo para uma cidade próxima.
Faça o que te instigue a curiosidade.
Repita um passeio de um parente mais velho.
Brinque com a vida.
Mas lembre-se: antes disso existem as outras pessoas.
Eles são o que há de mais interessante.
Imaginativas. Engraçadas. Únicas.
Ame-as. Seja amado.
Mas não espere nisso uma troca obrigatória.
Faça a sua parte e procure apostar nas pessoas.
Confie nelas.
Seja transparente para evitar especulações.
O mundo é feito de matéria e informação.
Os únicos átomos de que você precisa são para a sobrevivência do corpo.
Porque preocupar-se além disso?
Compartilhe técnica, ferramentas, matéria-prima.
Todos podemos criar coisas divertidas com elas.
E, ao contrário do que você pensa, tudo é público.
Se mais de uma pessoa pode ter acesso, então é público.
Não se apegue à matéria. Não queira ser o dono.
Ter as coisas é perder tempo.
Para a sua mente, uma experiência é informação pura.
E essa informação flui através de você, te mudando aos poucos.
Com bom senso, você muda pra melhor.
Com amor, você muda pra melhor.
Sem ansiedade, você evolui espontaneamente.
Como fazer tudo isso?
Sonhe.
Use a sua imaginação.
É para isso que você tem uma.
Não se acovarde.
Não ache que o mundo é grande demais.
Mude você e ajude os que estão próximos a mudar.
Sinta-se à vontade dentro de você mesmo.
Somos todos uma coisa só.
Você não estará sozinho.

23 Nov
2001

Primeiro post direto da Stratta! Uhuuuba!
O dia todo trabalhando em uma empresa em franca expansão, da qual sou co-fundador e ainda por cima só tem amigos do peito.

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