Produção Multimídia, Narrativas Livres e Ativismo Open-source, por Daniel Pádua
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Massacre em Londres.
Massacre dos velhos hábitos no trabalho.
Tentativa de massacre da minha sanidade.
Massacration no Porão do Rock.
Semana para lembrar. E esquecer.
Massa.
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Usando esta foto como imagem pessoal no messenger, vieram muitos dizer
“gostaria de estar nessa estrada”. Fiquei impressionado com a
quantidade de pessoas dispostas a fugir, ou simplesmente dar um tempo
de tudo… Os dias passam e vejo como as quebras sensíveis são
importantes para se manter a sanidade. Mas será que sempre precisamos
abrir mão de tudo? Será que às vezes não inventamos motivos (até
injustos) só pelo prazer de realizar estas quebras?
Eu já fiz muito disso, mas agora não sei. Prefiro sorrir e dançar.
~
Alguém sabe qual era o nome da garra usada
pelo Lion, em conjunto com a espada “semi-ereta” justiceira? (e não me
pergunte de onde eu tirei esse post, Robin!)
Para fazer aceitar
É preciso fazer entender
Para fazer entender
É preciso informar
Para informar
É preciso falar
Não quer dizer que se tenha de seguir isso à risca, nem que absolutamente toda informação é necessária, mas é
importante notar que quando se trata de interagir com pessoas que têm
por hábito questionar suas relações com o mundo (sem entendimento não
há paz), nada muda isso. Há de se ter o carinho adequado, se for de interesse.
Agora há pouco, numa das várias sessão-fumaça com o Duende,
comentei sobre algumas piadas internas que cultivava com antigas
companheiras… me toquei de como estas piadinhas e expressões,
linguagem-companhia, nasciam de momentos muito simples e bobos. Pensei na leveza dos instantes mais doces e descompromissados que vivi… e deu saudade
de ser simples. Uma volta no quarteirão, parar pra ver um detalhe bobo
na camisa de um estranho, sentar numa praça e inventar histórias,
desenhar num domingo à tarde, improvisar programas sem dinheiro nem
pompa, cantar, dormir abraçado, ver um monte de filmes e “perder” um
dia lanchando e caminhando.
O mundo nos soa grandioso e deslumbrante, e isso é algo a ser
descoberto, explorado. Mas a ausência de sofisticação numa conversa sem
pressa, num carinhar sem pressa, perder-se no outro, sem pressa,
parece constituir a dinâmica que sustenta o caminhar de mãos dadas. Mas
eu não sei. Há muito tempo não vivo isso. O dinheiro, grandes planos e
grandes insanidades deram o tom do meu presente. Agora chega.
Sapo voltando a ser um caramujo fanfarrão e nonsense, antes de ser um feiticeiro capaz de qualquer coisa.
quando você pinta tinta nessa tela cinza
quando você passa doce dessa fruta passa
quando você entra mãe-benta amor aos pedaços
quando você chega nega fulô boneca de piche
flor de azevi-che
você me faz parecer menos só, menos sozinho
você me faz parecer menos pó, menos pozinho
quando você fala bala no meu velho oeste
quando você dança lança flecha estilingue
quando você olha molha meu olho que não crê
quando você pousa mariposa morna lisa
o sangue encharca a camisa
quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz
Skap ~ Zeca Baleiro
Essa tal One Last Goodbye
é uma música ingrata… selou minhas despedidas para sempre. Ouço
repetidamente, como se o jorro sonoro fosse uma droga de resignação a
me entorpecer num navio que deixa o litoral… vejo a praia linda
tornar-se horizonte de lembranças vagas, e lágrimas escorrem levando a
doçura que saboreei, pouquinhos de mim que agora gotejam no mar aberto.
Essência de amor diluída no sal, corpo seco no convés, num balanço
silencioso e certo. A partida liquefaz na água um homem que foi pleno
sob o sol incandescente, e há de evaporar.
Que eu chova.
Laura Rocha Prado: Cinco minutos em umas palavras. E Sei-lá-que-gringo linkado pela Señorita Del Toboso: Postsecret (cartões postais enviados pelos próprios visitantes do blog).
Atualização: como pude esquecer da italiana mais linda na Rede?
Terminei de instalar a versão prévia dos blogs de mais três imaginários na rede EntreMentes… Duende, Kè Lù e Jaque Fada. 😉 Vou ver se arrasto mais alguns tufões poéticos pra cá (viu, Fefa e Grazi?).
Atualização: Alexandre Biciati (ou Sr. Superid) também acaba de vir para as tramas imaginárias. 😉
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(clique pra ver maior) Capturada por uma certa querida menina-cores de Florianópolis…
Aída e Críssia chegarão de Belo Horizonte às 13h. Passeios e assassinato de saudade. Se tiver sorvete vai ser divertido 🙂 Agora mais que nunca preciso caminhar nas montanhas.
Mais lições (re)aprendidas, enquanto memórias doces retornam na penumbra… andarilha, menino velho… o essencial para a fênix vai na mochila e na mente, e a estrada à espera é grande, fractal e repleta de detalhes que teu fogo pode enroscar. 🙂 Tristeza boa é a que passa deixando um jardim de saudade.
“AMAR,
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui… além…
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou Desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu a voz, foi para cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… para me encontrar…”
~ Florbela Espanca
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Ainda verei vocês de novo, poetas de Santa Maria.