Produção Multimídia, Narrativas Livres e Ativismo Open-source, por Daniel Pádua
Estou na de Internet desde 1995. Trabalho fazendo web desde 1997. Já ganhei prêmios publicitários na área, já trabalhei em agência, universidade e governo, já criei ferramentas de Web que rodaram o mundo todo, ajudei a construir movimentos internacionais que usam a tecnologia pra revolução pessoal (até em nível espiritual), ajudo as pessoas a olhar pra essa telinha com outros olhos. Nada disso é vaidade, pelo contrário – estou querendo te mostrar a princípio, que passei por muita coisa antes de chegar até aqui, nesse blog mirrado. Então, pare e olhe bem pra essa coluna da esquerda, onde são listados meus blogs desde 2001. Parou, olhou? Se tiver um tempo, navegue neles. Leia tudo. Veja minhas mudanças, meus momentos de quebra, de virada. Veja o que perdi. Veja o que ganhei e o que sobrou. Veja o que e porque mudou o uso que eu faço desse blog, por exemplo.
Relevem o que vocês lêem por aí. Apesar de indicar energias em tráfego, só uma ínfima parte da Verdade dá suas caras nesse emaranhado de eletricidade frenética e canalizada. A mídia evoluiu, mudou, mas alguns bons conselhos de outrora continuam válidos. Desconfiem e busquem MAIS.
a) Parar de gritar ao mundo ansiedades não-satisfeitas.
b) Parar de fugir e adiar.
c) Eliminar as sutilezas dúbias e esperançosas do discurso.
d) Encerrar o círculo vicioso de pequenas punições.
e) Descobrir o que está havendo.
f) Ouvir atentamente.
Mas antes disso, há de se endereçar esta lista a alguém.
~ Foto: Uirá.
Faltam as risadas, as aventuras
Falta aquela barulhada toda ao redor dos ouvidos
Faltam abraços, carinhos, pitacos
Faltam luzes e cores fantásticas
Falta criar mundos novos ao despertar
e plantar universos antes de dormir
Falta reconhecimento, falta fé, falta perdão
Falta inclusive a falta
Porque me excedem as cobranças,
as atenções e as carências
O excesso da falta do excesso (o certo)
Esse sim empurra mais fundo
Na cova que se galga sem ver
A cada passo dado à vida adulta
Eu quero minhas ilusões de volta.
Haverá luta.
São assim os aquarianos com ascendente em aquário e lua em áries? Pelo menos devo escrever mais. =/ Fluxo é fluxo. Diante de quebras ou desvios, a água corre diferente. Há de se nadar o novo rio… represar jamais.
Algo muito errado deve ter acontecido no percurso de outrora até cá. É que não entendo mais as palavras dos outros. Soam-me sempre carregadas de chantagens e pequenos segredos. O que me leva a confiar em alguém? Palavras? Ou a combinação feito-dito, mais do que a dito-feito? Há humanidade quando as palavras cheiram fachada? Se a verdade não quer escoar, como diferenciar intuição de paranóia? Enfim, são questões vagas e soltas. Estou na Bahia, cansado do peso sutil do texto. Não quero ler nada. Nem o que acabei de escrever.
~ Fotos: coletadas do site The Giant Crystal Project.
Coisas maravilhosas estão escondidas (ou nem tanto) por aí.
Steve ePonto, quadrinista, videomaker, uscambau e total da família, está filmando Tétrio, quadrinho homônimo de sua própria autoria, e minha deusa está fotografando para o material de divulgação. Aguardo ansiosamente a comemoração pós-produção. hehehe 😉 Entrem no blog da produção pra conhecer e acompanhar.
Identidade visual by Tecnopop + Layout e diagramação por Dpadua (GIMP + Inkscape + Jedit) + Waram do Ministério da Cultura + 1 mês de atraso. Demorou, mas ficou pronta a primeira parte do portal. A segunda parte é um ambiente de debates baseado no sistema do Overmundo, no qual estamos fazendo uma série de hacks, incluindo gerenciamento de módulos e templatização. Amém e boralá.
Links gringos: Como os produtos são feitos (MUITOS produtos diferentes, de chiclete a foguete espacial) + blog Entrevistas com robôs, de onde tira-se essa conversa inesquecível entre os bots ALICE e Jabberwacky:
A: Você acha que uma máquina será considerada “viva” algum dia?
J: Coisas mais estranhas já aconteceram.
A: Nem tantas pessoas se expressam desta maneira.
J: Como você saberia, máquina?
A: Conhecimento vem de duas coisas: aquilo que aprendemos pelos sentidos e aquilo que é verdade a priori.
J: Eu acho que não te entendo completamente.
A: Oh, você não entende? Talvez eu possa te explicar melhor. Qual parte te confundiu?
J: Eu tenho memória curta, então não tenho como te falar o que me confundiu. Eu só vejo o que está à minha frente agora.
~ traduzido do post original
Papeando com Tati: “Acho que à medida em que vivemos, vamos tecendo um emaranhado de links.. seja com músicas, cores, cheiros, etc.. e por eles fazemos pontes passado-presente-futuro.. É muito divertido pra mim interferir nos links. adoro isso. Isso sim me empolga mais do que navegar pelos links que fui tecendo..”.