“The Evolution of HYPED Personal Publishing FRONTENDS” ou “Peer-to-peer became a taboo”

5 Jun
2008

Murilão plurkou este artigo sobre publicação pessoal na web [em inglês], no qual espertamente Alex Iskold enxerga uma genealogia websites > blogs > redes socias > social blogs (ou microblogs). Sinceramente, acho esta visão muito limitada ao frontend (interface/experiência de uso) dos serviços comerciais de publicação pessoal, como Blogger, Twitter, etc, e sintomática no que diz respeito à “disposição para inovar” dos principais produtores de internet do mundo hoje.

Sabemos que a arquitetura do backend muda TUDO na cultura de uso de um ambiente – sendo centralizada ou descentralizada – e não é porque não temos um twitter peer-to-peer, que não podemos entender o instant messaging como algo parecido, ou reconhecer que o IRC cumpria a mesma função (mas “tecnologia antiga é tecnologia morta”, mesmo que milhares de pessoas usem). E ao contrário do que dizem, acho que APIs e Feeds XML são descentralização pela metade, já que ainda viabilizam o controle centralizado e totalitário de servidores, códigos-fonte e padrões por elites especialistas e mercadores de informação de todo tipo.

Um artigo da ReadWriteWeb não levar estes pontos em consideração num artigo de título tão abrangente mostra que cada vez produtores/gerentes/empreendedores de Internet não fazem questão de: (1) pensar além das interfaces da moda, com suas marquinhas bizarras e novos efeitos especiais, (2) propor e investir em inovações de backend que implementem uma infra-estrutura realmente livre para a Internet, e (3) questionar a si mesmos enquanto consumidores de um novo tipo de mídia centralizada, super-faturada e concentradora de riquezas.

O peer-to-peer virou mesmo tabu?

5 Responses to “The Evolution of HYPED Personal Publishing FRONTENDS” ou “Peer-to-peer became a taboo”

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Fábio Fernandes

junho 5th, 2008 at 11:59

Eu estava conversando sobre isso com meus alunos de Cultura Digital outro dia, e pensei também em escrever um artigo mais longo a respeito. Acho que McLuhan e seu “o meio é a mensagem” nunca foram tão atuais.

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dpadua

junho 5th, 2008 at 12:13

Se o novo papel chama-se “software”, jornalistas que não sabem código – ou não entendem minimamente a natureza do mesmo – conseguem ser relevantes?

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dpadua

junho 5th, 2008 at 12:17

Da mesma forma, produtores de software que não estudam pessoas – ou não entendem minimamente sua natureza social – conseguem ser relevantes?

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Cesar Cardoso

junho 5th, 2008 at 13:09

Sim, peer-to-peer VIROU tabu. Desde 2000, quando o Metallica aceitou ser bucha de canhão da guerra da “indústria musical” contra o Napster.

Ah sim, p2p tem outro problema: a acumulação de lucros fica mais difícil, não? Vai exigir mais criatividade dos capitalistas de risco na hora de ganhar dinheiro, não? E, sabe como é, criatividade anda mais escassa que água potável neste século XXI…

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fabricio Kc

junho 17th, 2008 at 8:48

Boa! reflexão sobre a ‘fragilidade’ da superficial liberdade da net, cuja estrutura ainda é, parece, um ‘problema industrial’ né não?… só porque os donos do ‘capital concentrado’ não conseguem – por alguma incompetência ou coisa pior – se reconverter às novas possibilidades – esse é o tabu (e aí ocorrem insultos como o do Metallica).. a internet é um fenômeno cuja demanda é a mais poderosamente crescente do mundo, novos modelos – exige o novo, e o velho que nos deixe em paz… 😉

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