Solitária para o não-adivinho

15 Mar
2007

Parou em frente ao espelho, querendo estirpar aquela farpa boba da alma. O que fez de errado? Passou uma noite e outro dia sem entender. Não adivinhou que a paca não era uma capivara? E como se adivinha? Não se sentia em má índole. Não acusou nem foi berrar em entrelinhas que havia uma capivara repugnante estacionada diante de casa! Ao contrário, desconfiou de si mesmo, não de outrem, questionou se estava louco. Guardou pra si. Capivaras não moram nessas bandas.

Hora da tarde, perguntam “E então, que bicho é esse?”, e honestamente escapa um “Parecia capivara”. “Paca”, disseram, e proclamaram revolução por não ser adivinho.

Revolução que separa. Revolução que rejunta. A pergunta está lá fora e a força na fragilidade de outrora.

2 Responses to Solitária para o não-adivinho

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Patrício no Pilar

março 16th, 2007 at 15:59

poucas coisas são tão vertiginosamente idiotas quanto as declarações de Ciro Gomes, caloteiro que me deve grana…dê uma olhada no blog que fiz a respeito… se gostar, divulgue… abs e parabens pelo seu blog

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daniel duende

março 17th, 2007 at 15:48

blub…

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