A maior parte do hype na Internet deve-se a novos frontends, não a novos backends. “Novos” no sentido de reais inovações. Pegue por exemplo o Twitter e o Gmail. O primeiro é um sistema otimizado de blog, o outro é um sistema de mensagens com interface bem pensada que conecta servidor de email com servidor de instant messaging. Na frente, tudo muda. Mas lá atrás, continuam soluções de arquitetura bem similares a projetos anteriores.

Isso significa que:
a) espertões (e tapados também!) investem uma puta grana/tempo em inovações que não mudam de fato o ciclo econômico da Rede, mas engordam seus bolsos.
b) você gasta uma puta grana/tempo brincando de trocar a roupa e a maquiagem do seu computador-de-30-anos-de-idade-que-continua-escravo-da-Intel-e-cópia-do-Mac.
c) você gasta uma puta grana/tempo inventando o que dizer (já pensou em ficar mais calado?) em 50 sites que poderiam ser apenas um.
d) eu gasto uma puta grana/tempo repetindo conversas só pra estar também no sitezinho-novo-que-vai-te-cansar-já-já em que você se meteu.
e) existe um desejo oculto nas entrelinhas da Rede de deixar tudo como está. então, pára com o papinho de “o mundo está mudando, Suzy!”. revolução de cu é rola: você é dependente do silício alheio e adora que um software desconhecido diga quem você é, enquanto se diverte mundo afora (e ainda por cima tem orgasmos vascullhando isso de madrugada, como se brincasse de pique-esconde consigo mesmo).
f) rapidamente a humanidade se acorrenta a mais uma casta de intermediários industriais (mais inteligentes que nunca).
g) com certeza esqueci do resto.

Este post é dedicado ao meu grande guru Jester. Acho que só ele vai rir lendo isso.